Quem Leu Leu: O Livro Parede & Código Phonte88
A poética urbana sempre foi traduzida pela arte do designer de linguagem Preto Matheus em vários suportes. Toda uma trajetória de experimentação resultou em Quem Leu Leu, concebido como livro de artista com páginas soltas reunidas em uma caixa. Em O Livro Parede, a obra ganhou uma edição efêmera, que só pôde ser lida – ou não lida – na Faísca. Com base em novas formas de pensar e apreciar os livros, a curadoria do evento ressaltou o trabalho de alguém que, há muito, concretiza esse objetivo, propondo um letramento visual na tipografia do pixo. Foi um convite para decifrar o enigma visual de Preto Matheus, que também apresentou, com Miguel Javaral – seu parceiro de SQN Biblioteca –, uma palestra sobre o tema no festival.
Entre as artes visuais e as letras, explorando a materialidade da linguagem e suas múltiplas possibilidades como expressão, Código Phonte88 foi um panorama de 10 anos de uma significativa produção artística, pautada por experimentação e criatividade. Além de publicações individuais e coautorias dos fundadores do phonte88, Thyana Hacla e Circe Clingert, entre resgates e inéditas, foram apresentadas parcerias com outros criadores e lançamentos como “Linguística Formal”, de Victor Galvão, estreando o selo A-livro. A exposição teve como abertura “Conexões”, ação performativa por Thyana Hacla com trilha ao vivo de Thiago Zíngaro: uma reflexão sobre encontros como catalisadores de transformação, vínculos, pontos de sustentação e de tensão, resultando em uma teia cujos vestígios integraram o espaço.
Imagens: @luizhim @eduardosellos @babogruppi @donald_carlosh @animovideos
Faísca Festival de Publicações Experimentais é um projeto realizado pela Editora Pulo com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, nº 1279/2022, patrocínio da Blip, parceria da rede diplomática dos Países Baixos no Brasil e apoios de Funarte MG, Ministério da Cultura e Governo Federal do Brasil.
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