Publicações Experimentais?

Publicações Independentes X Publicações Experimentais

Internacionalmente denominadas, para nomear eventos, como art books e nacionalmente chamadas frequentemente de publicações independentes, a Faísca propõe a classificação “Publicações Experimentais”.  Afinal, independente do quê? Ao invés de o critério ser a maneira com que o livro foi feito, ou seja, considerar somente se foi realizado de forma autônoma, a ideia é usar uma definição que possa caracterizar tanto o processo como o objeto que dele resulta, destacando obras de Artes Visuais.

Quando se nomeia uma publicação como “independente”, isso não significa que o livro não seja tradicional. Nesse caso, a denominação pode deixar de lado a inovação, a experimentação e a importância das publicações escolhidas como foco, que são espaços fundamentais de liberdade criativa e de representação de vozes plurais, muitas vezes marginalizadas. As publicações experimentais, então, aqui são tomadas não somente como espaço artístico, mas para a expressão, documentação e disseminação de ideias que não teriam outros espaços ou que não são encontradas no mainstream.

Dessa forma, a proposta prioriza o pensamento das possibilidades de um livro como obra de arte, como no caso dos livros de artista, e/ou expressão contemporânea. Essas obras podem deslocar a experiência de uma galeria de arte para a apreciação e manuseio a partir de objetos replicáveis.

Os zines são veículos importantes para a expressão de vozes sub-representadas, para ideias inovadoras e para reflexões cruciais sobre as identidades na contemporaneidade. Também são importantes portas de entrada no mercado.

A experimentação que pauta a linha curatorial da Faísca, então, é tomada pelo projeto não só como forma de reinvenção constante para o campo, mas de sobrevivência de um nicho que não é guiado por lógicas do grande mercado, abrangendo agentes pouco contemplados pelo mercado editorial.

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(elle/elu) edições y traduções

(elle/elu)
edições y traduções

Minas Gerais
(elle/elu) edições y traduções

(elle/elu)
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A urgência para colocar em ação um projeto editorial focado em produções de pessoas trans, travestis e LGBTQIA+ deu origem à (elle/elu) edições y traduções, criada em Belo Horizonte em 2023 por Ravel Machado e Flecha Lemes. Os títulos, bilíngues, têm autorias de várias nacionalidades, como brasileira, porto-riquenha ou dominicana e já foram expostos em países como Colômbia, Chile e Uruguai. Uma das obras que estarão disponíveis na Faísca Festival é o fanzine Aguaceiro, de mugra itakaru, que combina vários gêneros textuais e, remetendo a um jornal trans antigo, tem como capa uma luva que se transforma em cartaz ou lambe, com um lado em português e o outro em espanhol.

1000contra

1000contra

Minas Gerais
1000contra

1000contra

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O 1000contra é uma distribuidora de literatura, arte e outros materiais gráficos e informativos subversivos organizada dentro da ocupação anticapitalista, autônoma e horizontal Kasa Invisível, em Belo Horizonte. Já participou de eventos como Feira Canastra, Festival Nuh!, as Feiras do Livro Anarquista de Belo Horizonte e de São Paulo. Tem, entre as suas publicações, os zines do Grupo de Estudos Libertários da ocupação Kaza Invisível, coleções contendo obras completas, capítulos ou fragmentos dos textos estudados. O livro Casa encantada – Um retrato da luta por moradia em Belo Horizonte, de Renato Baruq, reúne entrevistas, ilustrações, fotografias e considerações de especialistas sobre a história de BH.

A Mascote

A
Mascote

Minas Gerais
A Mascote

A
Mascote

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Com publicações como fotolivro, livro de artista, livros ilustrados e livro-imagem, a editora A Mascote foi criada em 2019, com obras que se destacam por seus acabamentos manuais. Venceu o Prêmio Candango de Literatura, na categoria melhor projeto gráfico, com o livro Poesia é um saco, de Nicolas Behr. Participou de feiras como FLIBH, Festa do Livro da UFMG, Textura e Urucum. Em 2024, publicou o livro-imagem e objeto O belisco, de Débora Rossi Fantini, com projeto gráfico de Beatriz Mom. São 16 páginas e formato sanfona, com papel de gramatura mais alta, reunindo poemas escritos durante as andanças da autora por Belo Horizonte. Quando aberto, o livro lembra a arquitetura de um monumento. A publicação deu origem à performance homônima que você acompanha na programação da Faísca.

Ágatha Araújo e Rebeca Prado

Ágatha
Araújo e Rebeca Prado

Minas Gerais
Ágatha Araújo e Rebeca Prado

Ágatha
Araújo e Rebeca Prado

Minas Gerais

Memória gráfica, tipografia e impressão, produção gráfica, artes gráficas e gravura são temas da pesquisa e da prática de Ágatha Araújo, mestranda em Design pela Escola de Design (UEMG) e professora em estágio de docência do Laboratório de Tipografia (TipoLab). Ela divide sua mesa na Faísca com a quadrinista Rebeca Prado, autora de fanzines como Credo (Que delícia) – vencedor do prêmio Ângelo Agostini em 2019 – e de livros como Navio Dragão e Baleia #3, ambos lançados por financiamento coletivo e indicados ao HQMix. Rebeca lançou, em 2023, o fanzine experimental Encontros à sombra da árvore, com duas histórias em um universo de terror e folclore. As duas apresentam, em sua mesa no festival, trabalhos como zines, cartazes, gravuras e finearts, além de ilustrações originais em aquarela, nanquim, lápis e outras mídias.

Alecrim Edições

Alecrim
Edições

Minas Gerais
Alecrim Edições

Alecrim
Edições

Minas Gerais

Plataforma para trabalhos e experimentos editoriais coletivos, a Alecrim Edições foi criada em 2016. O projeto compreende o livro como um processo em grupo e a edição como gesto poético e criativo. Suas publicações têm tiragens reduzidas, edições artesanais e experimentais. Participou de feiras em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre suas publicações está Balbúrida, com texto de Iago Passos e ilustrações de Preto Matheus, impressa em offset e serigrafia. As 72 páginas da obra reúnem 64 poemas, ou estrofes de um único poema longo, deslocando concepções clássicas de escrita literária para um lugar da conversa informal. Os desenhos de Preto Matheus seguem na mesma linha, criando uma relação texto-imagem ambivalente que amplia as camadas da publicação.

Arthur Moura Campos

Arthur
Moura Campos

Minas Gerais
Arthur Moura Campos

Arthur
Moura Campos

Minas Gerais

O poeta, artista e designer Arthur Moura Campos é formado em Arquitetura e Urbanismo na FAU-USP e cursou mandarim e paisagismo na China (Nanjing Normal University e Southeast University). Trabalha com literatura, sobretudo com a poesia experimental em diversas mídias. Foi contemplado com os prêmios Arte e Cultura no Metaverso (Itaú Cultural), 10º Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça (Funarte), Sala Compacta (Museu de Arte de Goiânia), Quarentena Projetada (Mídia Ninja/IMS) e 4ª edição Desvairada de Vídeopoesia (Biblioteca Mário de Andrade). É autor de RODAGIRA (2024), eucomeu (2023), Três pontos (2022), e SAÍDA (2021). Em RODAGIRA criou um poema-objeto na forma de um caleidociclo, brinquedo tridimensional composto por seis tetraedros. A obra busca expandir a noção de poema no universo gráfico, criando uma forma interativa de texto em que a obra torna-se um brinquedo e poesia de forma aberta. 

Balaclava Colagem

Balaclava
Colagem

Minas Gerais
Balaclava Colagem

Balaclava
Colagem

Minas Gerais

As colagens de cunho político e cultura de rua da Balaclava Colagem mesclam trabalhos digitais e analógicos. Na atividade desde 2021, seus materiais gráficos combinam frases, fotos, ilustrações, outros elementos e referências. Uma de suas publicações mais recentes, lançada em 2024, é a obra ‘MBOI PYTÃ’, que faz referência à cobra coral presente nos grafismos de cestas e outros utensílios indígenas. O projeto também apresenta colagens como ‘Medido e me acalmo’, ‘Programado pra morrer nos é’, ‘Honrar meus ancestrais’, ‘Fé nas crianças’ e ‘Luta coletiva’. 

Banca Tatuí

Banca
Tatuí

São Paulo
Banca Tatuí

Banca
Tatuí

São Paulo

O acervo da paulistana Banca tatuí reúne materiais de mais de 200 editoras, artistas e coletivos. Criado em 2014 e gerido pela editora Lote 42, o espaço é a primeira banca de rua inteiramente dedicada a editoras independentes. Sediada no centro de São Paulo, trabalha com obras e autores de diversas regiões do país e de alguns estrangeiros. Entre as obras disponíveis no acervo está o ‘Livro das Lamúrias’, publicação de estreia na literatura da cantora recifense Lulina. Recentemente republicado pela editora Vacatussa, após 13 anos de seu primeiro lançamento, o livro explora sua materialidade ao sugerir que o leitor jogue fora cada uma de suas 28 páginas após a leitura.

Bebel Books

Bebel
Books

São Paulo
Bebel Books

Bebel
Books

São Paulo

Os mais de 90 títulos do catálogo da editora independente Bebel Books têm temáticas variadas: de histórias de viagem à crítica política, de desenhos eróticos à poesia. São publicações também são marcadas pelas impressões em diversos suportes e técnicas, com várias expressões artísticas. Já participou de feiras de livros por todo o Brasil e também em México, Reino Unido, Alemanha e França. Presente na mesa da editora na Faísca, o zine ‘Potato Batata’ foi impresso em duas cores, em risografia, reunindo oito mapas experimentas sobre o Largo da Batata, em São Paulo. Resultado de uma residência artística feita em parceria entre o SESC Pinheiros (SP) e o ELCAF (East London Comics and Arts Festival), a obra reúne trabalhos de mulheres artistas gráficas de São Paulo, com a orientação da brasileira Vânia Medeiros e da britânica Grace Helmer. 

Croxilo

Croxilo

São Paulo
Croxilo

Croxilo

São Paulo

As obras da Croxilo são produzidas em xilogravura, serigrafia e técnicas mistas. Criada por Brenda de Oliveira Prado em 2014, o projeto esteve presente em eventos em São Paulo (Miolos, Printa-feira, Jardim Secreto, Feira do CCSP e A.F.A.G.O.), Paraná (Feira Solar do Barão), Rio Grande do Sul (Retina) e Rio de Janeiro (Grave). Também realiza oficinas na capital paulista e ocupa as paredes da cidade com lambe lambe. Seu Zine Journal é uma publicação toda gravada em madeira, de impressão em xilogravura, com detalhes em serigrafia, trazendo uma reflexão sobre a figura e a presença das mulheres. Quando aberta, a obra vira um pôster de tamanho 1 x 0,9 m.

Ea Damaia

Ea
Damaia

São Paulo
Ea Damaia

Ea
Damaia

São Paulo

As cores vibrantes se destacam no trabalho de Ea Damaia, artista visual transdisciplinar, designer gráfico, ilustrador e quadrinista. Suas obras tratam de temas como gênero, criação de mundos e de narrativas a partir de um olhar de pessoa trans. Estará na Faísca com publicações como o zine experimental ‘Mal Me Quer’, que explora as memórias como um resgate em busca de um espaço de acolhimento e conexão. A obra foi produzida com rotoscopia sobre fotos, autorretratos, escrita, ilustração e quadrinhos.

Experimentos Impressos

Experimentos
Impressos

Rio Grande do Sul
Experimentos Impressos

Experimentos
Impressos

Rio Grande do Sul

A Experimentos Impressos surgiu em 2016 com a proposta de ser uma editora de autopublicação experimental. O projeto foi criado pelo jornalista e escritor Ricardo Rodrigues e investe em formatos distintos, como zine, livro-objeto, livro de artistas e cartazes, entre outras possibilidades. Suas obras vão da poesia ao fotolivro, passando por narrativas curtas, longas e pela não ficção. Sua mesa na Faísca apresenta publicações como o livro ‘Carne Fresca’, que reproduz a estética das embalagens de carne do supermercado, com efeito na capa, sem texto, que simula gordura. 

FANTASMA®

FANTASMA®

São Paulo
FANTASMA®

FANTASMA®

São Paulo

A FANTASMA® foi criada em 2017 com o objetivo de funcionar como plataforma para artistas novos e consagrados publicarem projetos de livros, impressões variadas e objetos seriados. Entre as publicações presentes no espaço da editora na Faísca estará ‘Buraco’, obra de Felipe Filgueiras, Ville Karlsson e Mateus Acioli. O título está no limiar entre quadrinhos, desenho experimental, poesia e design especulativo. Também constam em seu catálogo obras em formatos de discos de vinil 7”, fitas VHS, ensaios, ficção, quadrinhos experimentais e fotografia.

grazi fonseca

grazi
fonseca

Rio Grande do Sul
grazi fonseca

grazi
fonseca

Rio Grande do Sul

A quadrinista Grazi Fonseca realiza todas as etapas de seus trabalhos (arte, edição, design, impressão e acabamento) por conta própria, em seu ateliê. Suas obras chamam atenção por seus aspectos tanto experimentais quanto artesanais. Um de seus lançamentos é a obra ‘4’33”’, feita a partir da peça musical em silêncio homônima composta por John Cage (1912-1992) em 1952, como parte do movimento artístico happening – caracterizado pela participação espontânea do público e a singularidade de suas apresentações. Foi selecionada pelo edital Criação de Publicações Experimentais, pelo qual lança, na Faísca, o livro de artista ‘8 minutos de carro’.

Guilherme Bergamini

Guilherme
Bergamini

Minas Gerais
Guilherme Bergamini

Guilherme
Bergamini

Minas Gerais

O artista visual Guilherme Bergamini teve seu primeiro contato com a fotografia no fim da adolescência. Foi uma paixão que resultou em pesquisas imagéticas transitando entre a memória e a crítica política e social, tendo como norte a construção de narrativas visuais que contam histórias a partir da fotografia. Os visitantes da Faísca poderão ter contato com três de seus trabalhos: ‘Carta Branca’, ‘Educação para todos’ e ‘Quatro Gerações’. Em ‘Carta Branca’ ele fez sua primeira experiência na captação de imagens com celular, reunindo fotografias produzidas durante caminhadas em Belo Horizonte entre o golpe vivido por Dilma Rousseff e as eleições presidenciais de 2018.

Impressões de Minas

Impressões
de Minas

Minas Gerais
Impressões de Minas

Impressões
de Minas

Minas Gerais

Todo o processo gráfico da Impressões de Minas é feito na sede da editora, da preparação dos originais à impressão. Seus livros são impressos em offset e tipografia, com os mais diversos formatos e acabamentos. As mais de 180 obras de seu catálogo contemplam livros de poesia, prosa, artes visuais, música, cinema e trabalhos acadêmicos. Em 2023, a editora ganhou o prêmio Livro do ano da Academia Mineira de Letras pelo romance ‘Caruncho’, obra de Laura Rabelo Cohen. Publicado em 2023, ‘Toda menina é uma bruxa’, obra destacada pela editora como uma de suas publicações experimentais, foi impresso com cinco opções distintas de capa e suas páginas finais são interativas.

ITEM72 ForCollectors

ITEM72
ForCollectors

São Paulo
ITEM72 ForCollectors

ITEM72
ForCollectors

São Paulo

O pintor e escultor alexHORNEST criou a ITEM72ForCollectors no fim dos anos 1990 para aglutinar ideias, vislumbrar possibilidades, propor alternativas, disseminar formatos e informações oriundas do fazer artístico proveniente de diversas mídias. Sua linha editorial é centrada na publicação de obras que exploram a interseção entre arte, cultura urbana e inovações. Também produziu os filmes ‘A Invasão’ e ‘Sujo’, obras que retratam as cenas de graffiti, skate e hip-hop em São Paulo nos anos 1990 e 2000. Lançado em 2010 e presente na mesa do autor na Faísca, o livro ‘Tenho pena de você’ é parceria de alexHORNEST e Thais Ueda, apresentando 50 ilustrações de pássaros imaginários.

J.P.F.Borges

J.P.F.Borges

Santa Catarina
J.P.F.Borges

J.P.F.Borges

Santa Catarina

O catarinense J.P.F. Borges é gravador e artista visual transmídia. Ele trabalha com desenho, gravura, pintura, arte computacional e suas intersecções, experimentando diferentes materiais e suportes. As obras dele disponíveis na Faísca são trabalhos em gravuras em serigrafia, em tamanhos diversos. Tratam-se de obras que incorporam o interesse do autor pelo fazer artístico, por mídia e informação e questões de reprodutibilidade.

Jéssica Groke

Jéssica
Groke

São Paulo
Jéssica Groke

Jéssica
Groke

São Paulo

A quadrinista Jéssica Groke é a responsável pela minigráfica Tacatinta, especializada em papelaria e pequenas tiragens de quadrinhos para artistas independentes – e também de 98% de do trabalhos da própria autora. É dela o conceito, o design, a impressão e o acabamento de ‘Piteiras de papel com frases recreativas’. A obra consiste em uma espécie de caderno de piteiras, mas com cada uma de suas páginas com uma frase diferente – indo de propostas de etiqueta ao fumar um cigarro a dedicatórias inspiradas. Groke é vencedora do troféu HQMix em 2019, na categoria Novo Talento Roteirista, por ‘Me Leve Quando Sair’. Participou da coletânea ‘Braba’, parceria da editora brasileira Mino com a norte-americana Fantagraphics.

LAB. Migaloo

LAB.
Migaloo

São Paulo
LAB. Migaloo

LAB.
Migaloo

São Paulo

A editora LAB. Migaloo trabalha em diferentes frentes, desde publicações em papel até tecidos e perfumes. Seus trabalhos investem em múltiplas materialidades da experiência estética, tentando trazer aos seus projetos todos os sentidos humanos. Na ativa desde 2020, a editora é uma parceria da designer Ana Lovi, com o autor e editor Lusto e o também autor Franz Magpantay. Entre os títulos disponíveis na Faísca estáarão ‘Caixa-Preta de pequenas grosserias’, obra vencedora do I Prêmio Nacional Ciberpajelanças de Fanzines e Artezines, na categoria Melhor Arte Zine. A obra reúne 11 fichas datilografadas e uma com caligrafia do autor.

Laboratório do Livro

Laboratório
do Livro

São Paulo
Laboratório do Livro

Laboratório
do Livro

São Paulo

O Laboratório do Livro surgiu do desejo da autora e editora Fabiana Torres de explorar os processos de criação de livros a partir de construções de narrativas textuais, imagéticas e materiais. É o caso de ‘Caretas’, obra de Torres com 16 páginas, capa dura revestida em tecido e encadernação manual. Trata-se de um livro de recortes, sem textos ou imagens, sugerindo a leitura dos “vazios” contidos em suas páginas. Já ‘Fui à feira e levei…’ consiste em uma publicação composta por uma sacola de papel contendo três livros-convites. A editora também terá em sua mesa na Faísca outros livros, zines, livros de artistas e gravuras.

LEIE

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Minas Gerais
LEIE

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LEIE é a sigla para Laboratório de Estudos da Imagem e Escrita, grupo de pesquisa vinculado ao Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Sob a coordenação de Letícia Bertagna, o grupo trará à Faísca publicações de cinco estudantes de graduação e mestrado em artes visuais: Anna Sant’ana, Larissa Noé, Layane Castro, Luisa Moraes e Maria Julia Ourique. Os processos do sexteto se desenvolvem a partir da fotografia, em suas mais diversas manifestações e usos. Entre as obras levadas para a Faísca estão ‘Longitudes’, de Maria Julia Ourique, uma colagem envolvendo um mapa antigo, com recortes de uma revista fotográfica e edição com ferramentas digitais.

Line Lemos

Line
Lemos

Minas Gerais
Line Lemos

Line
Lemos

Minas Gerais

A produção da artista visual e zineira Line Lemos abrange uma variedade de linguagens gráficas que passa por quadrinhos, zine, pintura e intervenção urbana. Mestre em História e Culturas Políticas pela UFMG e graduanda em Artes Plásticas na Escola Guignard, ela venceu o prêmio HQMix em 2019, na categoria Homenagem, por ‘Artistas Brasileiras’. O álbum estará na mesa da artista junto com títulos como ‘FOGO FATO’, os dois volumes de ‘Lado Bê’, o recém-relançado ‘Fessora!’ e ‘Melindrosa’ – publicação experimental surgida de pesquisa sobre narrativas de gênero na linguagem das caricaturas art déco. A segunda edição de ‘Melindrosa’ foi publicada pelo faísca.lab, em 2022, com nova colorização e impressão em risografia.

Lívia Aguiar

Lívia
Aguiar

Rio de Janeiro
Lívia Aguiar

Lívia
Aguiar

Rio de Janeiro

A natureza da investigação gráfica da artista Livia Aguiar está na experimentação. Todas suas zines são finalizadas à mão e produzidas com técnicas variadas (fotografia, colagem manual e ilustração) e veiculando textos poéticos concebidos em diferentes momentos de sua vida. Ela considera ‘5h55’ sua obra mais trabalhosa: uma zine impressa em A4 sobre nadar no mar durante o nascer do sol, com um poema bilíngue (português e inglês) e ilustrada com seres humanóides e sereios. A obra deu origem a uma performance com trilha sonora ao vivo, que você acompanha na Faísca. Ela lança também duas publicações no festival: uma zine sobre o genocídio do povo palestino e outra com ilustrações e textos sobre o carnaval de Belo Horizonte.

Livr_: Impressões

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Livr_: Impressões

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A editora Livr_: Impressões trará para a Faísca as publicações da série ‘Olha, Percebe’, uma coleção de sete publicações surgidas da parceria entre Antônio de Andrade e Laura Belisário e que usam um monóculo como suporte. Os demais títulos da editora seguem na mesma pegada, com projetos experimentando em suportes variados, sempre valorizando formatos econômicos. Criada por amigos, em 2021, em Belo Horizonte, a editora participou da Feira Textura (2023) e da Feira Colofão (2023).

Lote 42

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São Paulo
Lote 42

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A editora Lote 42 trará para a Faísca três de seus lançamentos mais recentes, ‘Eu nunca leio, só vejo as figuras’ (Amir Brito Cadôr), ‘Lumbre’ (Troche) e ‘Na TáBUA’ (organizado por Fabio Zimbres e Paulo Scott). São títulos representativos da inventividade gráfica da editora. As 192 páginas de ‘Na TáBUA’, por exemplo, reúnem cartazes com artes e textos literários de artistas como Laerte, Glauco Mattoso, Alice Sant’Anna, Carol Bensimon, Marcia Tiburi, Daniel Galera, Adão Iturrusgarai, Marçal Aquino, Luiz Ruffato, Reinaldo Moraes, Xico Sá, Ronaldo Bressane, Marcelino Freire, Eloar Guazelli, Joca Reiners Terron e outros.