Festival de Publicações Experimentais
20 a 22 de setembro de 2024
Funarte MG (Rua Januária, 68, Centro)
Belo Horizonte – Brasil
ENTRADA GRATUITA
A nova proposta da Faísca coloca em primeiro plano necessidades pulsantes por novas formas de relação com o mundo, assim como reflexões sobre o papel dos seres humanos como uma das espécies de um complexo sistema. A experimentação é tomada, para nomear o evento, não como prática restritiva, mas como meio de sobrevivência. Artistas e público são convidados a vasculhar possibilidades de experimentar a partir de defeitos e gambiarras e sonhos na construção de novos pensamentos, concepções da existência. Se já está tudo fora do lugar, a provocação é: que tal nos arriscarmos e, a partir desse processo, plantar as preciosas sementes que podem surgir daí?
O festival é um encontro de Artes Visuais voltado para publicações como zines e livros de artista, composto por feira gráfica, palestras, rodas de conversa, exibição de vídeos, laboratórios de criação ao vivo, performances, mostras, lançamentos e outras ações.
Um livro de artista mostra em vez de dizer.
Amir Brito Cadôr em O livro de artista e a enciclopédia visual(…) quando artistas visuais tentam fazer o próprio livro, você sempre consegue perceber. É um tipo de livro diferente.
Jo Frenken na programação da Faísca em 2020Não basta que o texto e a imagem sejam do mesmo autor para que seja considerado um livro de artista. É preciso pensar o livro como um todo, de modo que forma e conteúdo sejam indissociáveis. uma das características do livro de artista é a autonomia projetual, quando o autor participa de todos os estágios da obra, desde a escolha de materiais, formato, leiaute, encadernação, impressão, mesmo que não execute pessoalmente as tarefas. o livro é uma obra em si, e não apenas o veículo para a transmissão de um conteúdo verbal. A experiência de manusear esses livros é parecida com a que as crianças vão encontrar mais tarde, diante de uma obra de arte: a capacidade de maravilhamento, de surpresa, de estímulo ao olhar e à inteligência.
Amir Brito Cadôr em O signo infantil em livros de artistaO fanzine e o livro de artista são obras muito delicadas. O ato da compra de um fanzine é um ato de você trocar uma ideia com o artista, é você tocar, é você sentir o material. É diferente de um livro [tradicional], em que você, mais ou menos, sabe o que vai vir.
Beto Galvão na programação da Faísca em 2020Também tem uma coisa no fanzine que me interessa muito, porque ele consegue ser transversal. As mais variadas pessoas podem acessar o texto de fanzine, se aproximar de uma questão do fanzine, então ele veio como uma alternativa pra mim ao texto acadêmico. Eu queria produzir coisas, mas não dentro da estrutura acadêmica.
Daniela Maura na programação da Faísca em 2020
Com foco nas publicações experimentais, a nova edição da Faísca celebra as possibilidades dos títulos idealizados e, em muitos casos, produzidos, editados ou até impressos pelos próprios artistas. O aspecto Faça-Você-Mesmo e o caráter autoral fazem parte dos pensamentos no desenvolvimento dessas obras, que, normalmente, possuem pequenas tiragens e não são comumente encontradas em grandes livrarias ou em outros lugares tradicionais. Além disso, essas publicações, muitas vezes, são constituídas como peças artísticas, que usam tanto o formato quanto a ideia de replicação, ultrapassando, como forma de expressão, a fronteira do conteúdo. A obra de arte é o próprio livro.
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