Festival de Publicações Experimentais
25ª edição da Faísca ocupa todo o complexo da Funarte MG
Festival de Publicações Experimentais reflete sobre livros que fogem do convencional
A nova edição da Faísca é voltada para as rupturas em relação ao pensamento tradicional sobre os livros. Estreando novo formato, ampliado e reformulado, o Festival de Publicações Experimentais destaca, com uma programação de três dias, “livros estranhos” que compõem uma produção alternativa, pautada especialmente pelas Artes Visuais, de obras impressas feitas por artistas, coletivos e microeditoras a partir de tensionamentos em relação à forma, conteúdo, materiais, propostas, conceitos e outros aspectos que ultrapassam ou subvertem padrões estabelecidos ao longo da história do livro.
Sob o tema EMERGÊNCIA GRÁFICA, que remete tanto às urgências vigentes e o papel das publicações nesse contexto quanto ao conceito de vir à tona, projetando esses trabalhos, o evento ocupa toda a extensão da Funarte MG, complexo formado por cinco galpões e uma ampla área aberta. A programação tem como ponto de partida e como base cinco exposições; abrange a Feira-Mostra, um novo formato expositivo na Faísca, em que expositores ocupam minigalerias, convidando o público a mergulhar nesses universos; a Feira de Publicações, com artistas, grupos e microeditoras de várias partes do país; performances e sessões sonoras pautadas pela experimentação; debates, palestras, oficinas e duas sessões audiovisuais realizadas pelo Timeline-BH, Festival Internacional de Videoarte e Cinema Experimental de Belo Horizonte.
A noite de abertura é na sexta-feira, 20 de setembro, das 18h às 21, e o festival prossegue ao longo do sábado e do domingo, das 11h às 20h em ambos os dias. O acesso a toda a programação é gratuito.
Um percurso por livros estranhos
Quando se entra no complexo da Funarte MG, o primeiro espaço que se acessa é uma ampla área aberta, local que recebe, na Faísca, a exposição Quem Leu Leu: O Livro Parede, derivada do livro de artista de Preto Matheus, um dos expoentes no design gráfico e na cena da poesia visual contemporânea no Brasil. A instalação foi pensada como um convite para que o público decifre o tipograpixo do autor, que também apresenta, na programação, uma palestra sobre seu enigma visual. Também no espaço aberto, os visitantes podem acompanhar, ao longo de todo o festival, a programação do Palco Faísca, composta por performances, visuais e sonoras, apresentadas por artistas que têm a experimentação como prática.
O caminho pelo Galpão 5, por sua vez, apresenta outras três exposições inéditas. Na Biblioteca Invisível, peças sonoras desenvolvidas por Seven&Neve se combinam a livros sem tinta, pensados não para a fruição visual, mas tátil, para formar publicações experimentais. Código Phonte88 celebra uma década do projeto artístico belo-horizontino que nomeia a mostra. No eixo central, está Livros Experimentais, uma seleção da Coleção Livro de Artista da UFMG, foi pensada por Amir Brito Cadôr para reunir obras de nomes nacionais de destaque no campo apresentando um panorama das possibilidades do tipo de obra que nomeia a exposição.
Ainda no espaço, os visitantes têm a oportunidade de percorrer a Feira-Mostra, formada por 16 microgalerias ocupadas por artistas de várias partes do país, que ficam disponíveis no local para conversar com o público sobre as obras impressas de sua autoria. Ao fundo, fica o selo de publicações da Faísca: o ateliê de risografia faísca.lab, que, nesta edição do festival, lança obras do programa de fomento Laboratório de Zines, assim como a artzine Tarja Preta, por Syl Triginelli, o fotozine Fora do Grid, por Matéria Prima e Retratos Bufoliares, por Imoraes.
O Galpão 4 é o local que recebe a tradicional feira de publicações, que acompanha a Faísca desde sua estreia em junho de 2015, desta vez com direcionamentos curatoriais renovados: uma seleção de artistas, designers e microeditoras com projetos que despontam na cultura impressa contemporânea, seja por sua elaboração, ousadia ou pela relação com o tema do evento.
A área cênica do Galpão 3 se transforma em espaço para o trabalho do artista visual Jo Frenken, de Maastricht, Países Baixos, destaque na produção contemporânea de livros conceituais, com a exposição, inédita no Brasil, Começa como um livro, um panorama dessa obra como um todo, desde os livros de artista individuais até os projetos desenvolvidos com outros criadores, apresentando mais de 20 títulos. A magnitude da produção é trabalhada por meio de projeções de grande porte, que destacam detalhes dos títulos, e por peças audiovisuais que percorrem cada uma das páginas de cada trabalho conceitual de Jo Frenken.
O Galpão 1 é o espaço para debates, palestras e reflexões do festival, assim como para uma programação especial promovida por uma iniciativa fundamental da capital mineira: o TimelineBH, que chega, em 2024, à sua 9ª edição, o Festival Internacional de Videoarte e Cinema Experimental de Belo Horizonte. São duas sessões na programação da Faísca, uma com curadoria por Joacélio Batista & Sávio Leite e a outra por Sara Não Tem Nome, em que o público acompanha filmes selecionados sob o tema MUNDO GRÁFICO. O Galpão 2 e o Laboratório das Crianças sediam, respectivamente, oficinas para adultos e para o público infantil, com inscrições gratuitas abertas no local 1h antes de cada atividade.
Faísca – edição 25: Festival de Publicações Experimentais
Tema do evento: EMERGÊNCIA GRÁFICA
Datas: 20, 21 e 22 de setembro de 2024
Local: Funarte MG (Galpões 1, 2, 3, 4, 5 e Área Externa no complexo Funarte MG)
Endereço: Rua Januária, 68, Centro, Belo Horizonte, Minas Gerais
Entrada Gratuita
PROGRAMAÇÃO COMPLETA (disponível nos links a seguir):
Noite de abertura: 20 de setembro, sexta-feira, das 18h às 21h.
21 de setembro, sábado, das 11h às 20h.
22 de setembro, domingo, das 11h às 20h.
Clique na imagem para assistir ao teaser: